segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lei da Reforma Ortográfica


Com a proposta de unificar a escrita dos dos oito países que falam portugês - Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal, o presidente Luis Inácio Lula da Silva sancionou no dia 29 de setembro a lei da reforma ortográfica, que entrará em vigor em janeiro de 2009. Os cidadãos terão quatro anos para se adaptar à nova forma de escrever, após esse período a lei terá total vigor na sociedade. Durante esse período os livros, dicionários, professores e demais usuários da língua terão que se adaptar.

Veja quais as principais mudanças na ortografia. A maioria terá impacto no Brasil:

Fim do trema
O acento é totalmente eliminado. Assim, a palavra freqüente passa a ser escrita frequente.

Eliminação de acentos em ditongos
Acaba-se o acento nos ditongos "ei" paroxítonas. Assim, idéia vira ideia.
O acento circunflexo quando dois "os" ficam juntos também some. Assim, vôo vira voo.

Cai o acento diferencial
Aquele acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Assim, pára do verbo parar vai ficar apenas para.

Mudanças nos hifens
Sai a maioria dos hifens em palavras compostas. Assim pára-quedas vira paraquedas.
Quanto houver necessidade, será dobrada a consoante. Assim contra-regra vira contrarregra.
Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h como pré-história.
Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são a mesma, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.

Inclusão de letras
As letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras;

Fim das letras mudas
Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como facto para falar fato. Essas letras somem com a reforma.

Dupla acentuação
Há algumas diferenças de acentuação entre o Brasil e Portugal principalmente quando se fala do acento circunflexo e agudo. Assim, os brasileiros escrevem econômico e os portugueses, económico. Essa diferença foi mantida.

Senhor presidente, porque não uniformiza o juridiquês e aproxima a linguagem judicial dos cidadãos comuns? Ou o economês, para incluir os mais simples nessa linguagem codificada?
Mas o português? Então, fica a dica do Tudo Pela Ordem.

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